Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Voltar Mais de 15 mil bebês nasceram prematuramente no Rio Grande do Sul em 2022

Dados preliminares da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul mostram que, em 2022, o Estado teve 15.559 crianças nascidas com menos de 37 semanas, consideradas prematuras. O número representa 12,86% do total dos quase 121 mil bebês nascidos vivos no ano passado. Instituído em 2011, o Novembro Roxo marca o mês internacional de sensibilização à prematuridade. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) estima que 1,2 milhão de bebês prematuros nasçam nas Américas a cada ano.

O parto prematuro pode ocorrer por necessidade de interrupção da gestação devido a complicações maternas e/ou neonatais e também de forma espontânea; porém, as causas são complexas e multifatoriais.

“O pré-natal iniciado precocemente é um fator de prevenção à prematuridade, pois permite a identificação de fatores de risco maternos e fetais que podem ser prevenidos ou tratados em tempo oportuno. Idealmente, estes fatores deveriam ser identificados antes da gestação, por meio do planejamento reprodutivo”, explica a chefe da Divisão de Ciclos de Vida da Secretaria da Saúde, Gisleine Silva.

De 2019 até outubro deste ano, foram 75.517 bebês prematuros no Rio Grande do Sul, representando 12,42% dos 607.544 nascidos vivos no período. O número de 2022 e o número parcial até outubro de 2023 ainda são preliminares.

O início precoce do pré-natal é fundamental para o acompanhamento da gestação e para o controle de doenças crônicas já preexistentes, como a hipertensão arterial e o diabetes. A realização do pré-natal do parceiro também é importante, pois Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) podem desencadear o parto prematuro.

Fatores de risco para o parto prematuro

Infecção urinária, especialmente se não tratada durante a gestação; ruptura precoce de bolsa amniótica com coreoamnionite não tratada durante a gestação; gemelaridade; hipertensão arterial sistêmica e pré-eclampsia na gestação; diabetes; Infecções por Sífilis, Toxoplasmose e Streptococo tipo B; história prévia de prematuridade em gestação anterior; ausência de realização de pré-natal; e insuficiência istmo cervical do colo do útero.

Ambulatórios de Egressos de UTI Neonatal
Distribuídos nas diferentes regiões do Estado, realizam o acompanhamento dos recém-nascidos prematuros que tiveram alta das UTIs Neonatais. Esses ambulatórios possuem equipe multidisciplinar e protocolo diferenciado para a assistência do bebê de alto risco para diversas morbidades e sequelas que podem ser minimizadas pelo acompanhamento de qualidade.

Método Canguru
O Estado dispõe de serviços habilitados para o Método Canguru, que consiste em atenção qualificada e humanizada ao recém-nascido prematuro e/ou de baixo peso que necessite de internação em Unidade Neonatal e à sua família. Para isso, promove o contato pele a pele do bebê com a mãe e/ou o pai e participação dos pais nos cuidados com o recém-nascido, com o objetivo de fortalecer o vínculo afetivo e favorecer o crescimento e desenvolvimento infantil saudáveis.

 

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No Ar: Caiçara Confidencial